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Cerca de 400 manifestantes exigiram abolição de portagens na A23 e A25


Sindicalistas, empresários, autarcas e populares portugueses e espanhóis exigiram esta quarta-feira, em Vilar Formoso, a abolição de portagens nas autoestradas que servem aquela região e apelaram aos partidos que coloquem o assunto na agenda das eleições legislativas.

A vila fronteiriça de Vilar Formoso, no concelho de Almeida, distrito da Guarda, acolheu a tribuna pública transfronteiriça, organizada pela Plataforma Pela Reposição das Scut na A23 e A25 que, segundo os promotores, juntou cerca de 400 participantes dos dois lados da fronteira. A iniciativa teve por lema “Pelo Interior – Repor as Scut. Abolir as portagens na A23 [autoestrada Guarda – Torres Novas] e A25 [Aveiro – Vilar Formoso]”.
Durante a ação, Luís Garra, da União de Sindicatos de Castelo Branco, disse que a luta pela abolição das portagens vai continuar, tendo em conta que os defensores estão “cada vez mais unidos” e cada vez são mais. “E, por isso, o desafio que aqui lançamos aos partidos políticos, que vão concorrer às eleições para a Assembleia da República, é que inscrevam nos seus programas eleitorais a abolição das portagens”, afirmou. Segundo o sindicalista, os partidos que não o fizerem não podem contar com o silêncio nem com a cumplicidade daqueles que contestam as portagens.
“Aqueles que não inscreverem, de forma clara e taxativa, a abolição das portagens, vão ter a nossa denúncia e a nossa oposição”, prometeu Luís Garra.
Vicente Andrés, representante das Comissiones Obreras de Espanha, disse que o Governo português tem de retirar as portagens das autoestradas A23 e A25, porque encarecem os produtos que as empresas “produzem e fabricam”. Disse que a medida é penalizadora para os trabalhadores portugueses e espanhóis, e que é “imprescindível” que as portagens sejam abolidas. O responsável admite que a abolição das portagens seria uma “pequena ação que teria consequências muito positivas” para a região transfronteiriça.
O presidente da Câmara Municipal de Almeida, António José Machado, que se associou ao protesto, referiu aos jornalistas que as portagens foram “um arrombo para o Interior”, porque paga “um preço demasiado elevado”. O autarca sublinhou que aqueles que “visitavam constantemente” a região deixaram de o fazer e que as empresas “até têm saído” do território devido aos custos com as portagens.
A iniciativa foi organizada pela Plataforma Pela Reposição das Scut na A23 e A25, que integra sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda, nomeadamente a Associação Empresarial da Beira Baixa, a União de Sindicatos de Castelo Branco, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, a Associação Empresarial da Região da Guarda, a Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda.

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