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Diretor: Paulo Menano

MILHARES DE SEMENTES SÃO LANÇADAS DO AR EM ZONAS AFECTADAS PELO FOGO


Ontem arrancou, a primeira fase do projeto “Semear Portugal por Via Aérea”. Esta iniciativa consiste no lançamento de sementes nas encostas e/ou áreas de difícil acesso dos municípios afetados pelos incêndios, recorrendo a aviões. No local, esteve presente João Azevedo, Presidente do Município de Mangualde, um dos seis municípios onde arrancou esta iniciativa. A Mangualde, juntam-se Gouveia, Oliveira do Hospital, Nelas, Tondela e Seia.

O Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, igualmente presente na iniciativa, defendeu que a estabilização de emergência está, pela “primeira vez”, a ser feita “no tempo certo”. Miguel Freitas acrescentou que outros municípios do país têm pedido ao Ministério da Agricultura iniciativas semelhantes nos seus territórios, elogiando o empenho dos envolvidos: sociedade civil, um conjunto de organizações não-governamentais e movimentos ligados ao ambiente.

Centenas de sementes de gramíneas e leguminosas, oferecidas por duas empresas, permitirão, assim, ajudar a reduzir a erosão dos solos e a promover a biodiversidade em zonas íngremes fustigadas pelos incêndios. O arranque desta ação teve lugar esta manhã, com a partida de um Dromader M-18, um avião que é utilizado no combate aos incêndios florestais, mas também na agricultura. As primeiras sementes foram lançadas em Mourilhe, no concelho de Mangualde.

 

O grande objetivo é “fixar e nutrir os solos, ajudando assim a evitar derrocadas, a contaminação dos cursos de água e a sedimentação dos seus leitos e barragens. Permitirá ainda alimentar animais como as abelhas”.

Na segunda fase, procede-se ao lançamento de sementes de árvores e arbustos de espécies autóctones. Aqui será adotada a técnica japonesa Masanobu Fukuoka, que consiste no lançamento de bolas de sementes. “Estas bolas protegem as sementes quer da meteorologia, quer dos animais. Esta técnica já foi empregue com sucesso em vários países. Em Portugal, nomeadamente em Braga e em São Pedro do Sul, esta técnica foi também utilizada por particulares em áreas de menor dimensão, mas em ambos os casos com sucesso.”

O objetivo desta segunda fase é o de auxiliar a recuperação das espécies autóctones nas áreas afetadas e prevenir a desertificação.

O projeto tem a colaboração do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que certifica as sementes e ajudará na monitorização e acompanhamento do resultado da intervenção aérea, em conjunto com quatro Universidades e Institutos Politécnicos.

Semear Portugal Por Via Aérea tem o apoio do Ministério da Agricultura, de autarquias e organizações da sociedade civil. Conta com os patrocínios e a colaboração das respetivas Câmaras Municipais e da sociedade civil.

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