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Sabugal quer uma regulação independente de transvases de água da barragem


Autarcas e habitantes do Sabugal exigem ao próximo Governo uma “regulação independente” de transvases de água e a “redefinição de níveis mínimos” na albufeira da barragem local.

A decisão foi tomada numa reunião que juntou cerca de 80 pessoas e será enviada aos ministros da Agricultura e do Ambiente do Governo que sair das eleições do dia 06 de Outubro.
A “audição pública” decorreu no pavilhão da Junta de Freguesia do Sabugal, por iniciativa da Associação Malcata com Futuro (AMCF), da União de Freguesias de Sabugal e Aldeia de Santo António e das Juntas de Freguesia de Malcata, Quadrazais, Foios e Vale de Espinho.
Na exposição enviada ao Governo lê-se que as freguesias “mais directamente afectadas pela sangria do rio Côa, têm toda a legitimidade para exigir” a “regulação independente sobre transvases e sobre a utilização da água” no regadio da Cova da Beira, que é assegurado pela barragem que foi inaugurada no ano 2000.
Autarcas e população exigem ainda a “redefinição de níveis mínimos” que garantam a concretização do Plano de Ordenamento da Albufeira e a elaboração de um Plano de Recuperação, de Valorização e de Gestão Optimizada dos Recursos Hídricos.
Os subscritores pedem, ainda, que seja efectuado um Estudo de Impacto Ambiental “que esteja disponível antes da emergência de outros projectos de irrigação na Cova da Beira e na Gardunha”.
A construção de açudes, a limpeza de linhas de água e a recuperação de represas fazem também parte das reivindicações a apresentar ao Governo. “Basta de sangria e de utilização ineficiente de recursos escassos na origem. Justifica-se o reenquadramento da albufeira do Sabugal no Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira”, é igualmente defendido.
José Escada, presidente da AMCF, referiu à Lusa que vão ser recolhidas assinaturas em vários locais do concelho “até ser conhecido o novo Governo”. “Pretendemos fazer chegar a exposição [aos ministros da Agricultura e do Ambiente] logo nos primeiros dias do novo Governo”.
Recorde-se que a AMCF denunciou que a falta de água na barragem do Sabugal advém da realização de “transvases errados e iníquos” para o regadio da Cova da Beira. Segundo esta associação sem fins lucrativos, com sede na aldeia de Malcata, no concelho do Sabugal, a situação verificada na barragem “conjuga perigo, falta de água de abastecimento público, biodiversidade em perda” e “desolação”.

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